Estreia no Rio, dia 27.7, a peça Helena Blavatsky, a voz do silêncio, que recria o último dia de vida da escritora e filósofa russa Helena Blavatsky. O texto é da filósofa Lucia Helena Galvão e direção de Luiz Antonio Rocha. É um solo de Beth Zalcman (Brimas) que vem de temporada bem sucedida em SP e BH. Com texto da filósofa Lúcia Helena Galvão, reconhecida por suas mais de 800 palestras no canal do Youtube “Nova Acrópole Brasil”, e encenação de Luiz Antônio Rocha, o solo com Beth Zalcman recria o último dia de vida da escritora e filósofa russa Helena Blavatsky (1831-1891).

A peça joga luz sobre a obra e o legado de Blavatsky, conhecida por confrontar as correntes ortodoxas da ciência, da filosofia e da religião. Resgatando importantes conhecimentos para a humanidade, a visionária escritora influencia até os dias de hoje inúmeros pensadores e artistas.

Trazendo Beth Zalcman sob a direção de Luiz Antonio Rocha, a montagem convida o público a uma reflexão sobre a busca do homem pelo conhecimento filosófico, espiritual e místico. Este é o primeiro texto teatral da filósofa e poetisa Lúcia Helena Galvão, professora da escola de filosofia Nova Acrópole, cujas palestras na internet são acompanhadas por milhões de pessoas, entre alunos, fãs e seguidores. Após cada sessão, haverá um bate-papocom a equipe de criação. 

“Desde o início da minha busca pelo conhecimento através da filosofia, me deparei com pensadores que dedicaram suas vidas a buscar, compilar e transmitir ideias que entrelaçam nossas vidas e compõem parte do que somos. Esta peça é uma forma comovida e contundente de homenagear esta mulher tão especial”, diz a autora Lúcia Helena Galvão, estudiosa da obra de Blavatsky

Interpretar Helena Petrovna Blavatsky é mergulhar no improvável, no intangível. Nada mais desafiador para uma atriz realizar que um texto que demanda extrema sensibilidade, concentração e imaginação, e transporta a plateia para um universo de possibilidades”, define a atriz Beth Zalcman. 

“Considerando que vivemos num período de caos mundial, no qual o fundamentalismo, as tecnologias e as crises políticas e climáticas do planeta invadem nossa dignidade com tanta violência, resgatar os pensamentos de Blavatsky é de extrema importância”, afirma o diretor, Luiz Antônio Rocha. Segundo Blavatsky, o universo é dirigido de dentro para fora, pois nenhum movimento ou mudança exterior do homem pode ter lugar no corpo externo se não for provocado por um impulso interno, completa o diretor.

A luz de uma vela ilumina o cenário e revela um lugar simples na fria Londres do final do século XIX. É o quarto de Helena Blavatsky, que se encontra sozinha, em seu último dia de vida. Ela revisita suas memórias, seu vasto conhecimento adquirido pelos quatro cantos do mundo e se depara com a força do comprometimento com sua missão de vida e as consequências de suas escolhas. Relembra sua forte ligação com a Índia e seu encontro, em Londres, com Gandhi.

A encenação propõe uma dramaturgia inspirada no conceito desenvolvido pelo artista Leonardo Da Vinci em suas obras, conhecido como “sfumato”. Da Vinci descreveu a técnica como “sem linhas ou fronteiras, na forma de fumaça ou para além do plano de foco”. Assim, o ponto de partida para a direção de arte, cenário e figurinos foram algumas pinturas do artista impressionista Édouard Manet, que traduz a solidão deste último instante de vida de Helena. 

Foto: Daniel Castro

Serviço na Sessão Tijolinho Rio de Janeiro

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