Pré-estreia: domingo, dia 06 de agosto, 2023. Local: Estação Net Rio, situado à Rua Voluntários da Pátria, 35 – Botafogo, Rio de Janeiro. Horário: 21h – Duração: 70min.

Entre os inúmeros depoimentos sobre situações vividas por prisioneiros nos campos de concentração nazistas, as experiências narradas por mulheres foram ignoradas ou menosprezadas por décadas. Em MULHERES EM AUSCHWITZ: Escritas de Resistência, memórias de mulheres que fizeram da escrita sua estratégia de sobrevivência, são revisitadas e encarnadas tornando-se caminho de reflexão sobre experiências de horror, que jamais devem ser esquecidas.

MULHERES EM AUSCHWITZ: Escritas de Resistência traz à tona as vozes de 09 mulheres escritoras que passaram pela terrível experiência do Holocausto e nos deixaram um legado importante em forma de narrativas, relatos coloquiais de sensações impressas no corpo e na alma, fotos, objetos e fragmentos de poemas, que resistiram aos horrores do campo de Auschwitz, ressalta Regina Miranda.

Durante muito tempo, os relatos de mulheres foram ignorados. Mais recentemente, de maneira esparsa, alguns textos foram publicados, sem maior repercussão. Não foram considerados “testemunhos reais”.  No entanto, seus gestos sobreviventes compõem autorretratos ficcionais, que nos dão a perceber formas singulares de existir durante aquele período, naquele lugar. Mais do que retratar, seus textos continuam a interrogar sobre o inimaginável como experiência e a compartilhar subjetividades, que se recriam no presente enquanto memória – como documentos que são reais para os sentidos e para as emoções.

MULHERES EM AUSCHWITZ se condensa na atuação de apenas uma atriz – Patrícia Niedermeier, cuja linha de interpretação privilegia o tom reflexivo e os pequenos gestos e posturas, que atravessaram o tempo para evidenciar a rotina do mal e, sobretudo, para enfatizar o esforço permanente das mulheres em manter a esperança, sua integridade física e cultural e sua humanidade. O filme reinterpreta e encarna as vozes dessas mulheres para que continuemos em alerta e não deixemos que as tramas do horror voltem a predominar. A arte, como resistência radical ao autoritarismo importa, a arte de cada uma dessas escritoras importa, a vida das mulheres importa e a liberdade é um direito pelo qual ainda se precisa continuar a lutar.

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