A série documental No trilho dos naturalistas é composta por quatro episódios, produzidos no âmbito de um projecto de investigação co-financiado pelo Ciência Viva/ QREN, nos quais se apresentam os trilhos percorridos por investigadores da Universidade de Coimbra nas suas expedições botânicas a S. Tomé e Princípe, Angola e Moçambique, e se documentam as “Viagens Filosóficas” realizadas por cientistas portugueses no século XVIII, em incursões nas antigas colónias portuguesas.

Aproveitando como ponto de partida as expedições a África realizadas por investigadores portugueses na actualidade, esta série de documentários fala-nos sobre a diversidade de plantas e a ecologia, sobre o funcionamento dos ecossistemas e sobre a relação entre a acção humana e o ambiente.

Os documentários No trilho dos naturalistas foram executados por cinco realizadores portugueses (João Nicolau, André Godinho, Susana Nobre, Luísa Homem e Tiago Hespanha) que, partindo de guiões científicos, dotaram os filmes de uma experiência cinematográfica, que nos conduz do deserto à floresta tropical de chuva, nos trilhos dos naturalistas de diversas épocas.

Destas histórias são indissociáveis os caminhos percorridos em Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe, bem como o legado produzido pelas Viagens Filosóficas. Sobre a paisagem sucedem-se histórias da ciência, identificam-se espécies botânicas e as suas adaptações locais, desvenda-se a sua ecologia, realça-se a conservação dos ecossistemas tropicais como repositório da biodiversidade e da sua importância para as populações humanas.Em cada documentário, vai-nos sendo fornecida informação científica sobre o objecto de estudo da expedição em causa, intercalando-se a demonstração das descobertas científicas mais recentes com referências ao passado da investigação científica em torno dos ecossistemas das regiões africanas no período do domínio colonialista.

Episódios: 

Moçambique
Moçambique aborda quatro dos ecossistemas mais relevantes do território moçambicano: o mangal, os prados de ervas marinhas, os inselbergs e a floresta de miombo. Esta exploração é conduzida pelo Dr. Jorge Paiva e retraça o movimento da Missão Botânica de Angola e Moçambique de 1963/64, promovida pela Junta de Investigações do Ultramar.

Angola
Em 1927, Luís Wittnich Carrisso, botânico e professor da Universidade de Coimbra parte para Angola para estudar a flora e recolher plantas para o Herbário de Coimbra. Em 1937, Luís Carrisso morre no deserto do Namibe, onde cerca de 80 anos antes Frederico Welwitsch encontrara a Welwitschia mirabilis, uma planta até então desconhecida para a ciência. Cerca de 80 anos depois da morte de Carrisso retraçamos a sua viagem, com o objetivo de falar da diversidade das plantas tropicais e das suas adaptações ecológicas desde a Floresta Tropical Húmida, no norte de Angola, ao Deserto do Namibe, no sul.

Viagens Filosóficas 
Enquadra o desenvolvimento da ciência moderna em Portugal impulsionada pelo Marquês de Pombal e traduzida na realização das expedições filosóficas portuguesas no final do séc. XVIII. A par da narração das histórias da ciência viajamos pelos arquivos, herbários, e metodologias de estudo da botânica ao longo dos tempos.

São Tome e Príncipe 
Há 15 milhões de anos uma erupção vulcânica deu origem a uma nova ilha no Oceano Atlântico, sobre a linha do equador. Aos poucos desenvolveu-se sobre ela um sistema ecológico complexo, a Floresta Tropical de Chuva. Como chegaram as plantas à ilha? E como funciona este ecossistema? Uma viagem a São Tomé, à descoberta do presente, retraçando a exploração botânica da ilha feita pelo naturalista Adolfo Frederico Moller em 1885



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