Esta comédia política, que chega à Filmin a 4 de Junho, conta a história de uma dirigente de uma ONG que, sem querer, se torna diplomata em França e consegue resgatar cinco reféns.
O mundo está a desmoronar-se e os políticos continuam a pensar que têm tudo sob controlo. Uma sátira louca que relata com humor a ineficácia da classe política. Protagonizada por Léa Drucker (“Custódia Partilhada”, “Close”).
Marie Tessier, 45 anos, directora de uma ONG, é nomeada Ministra dos Negócios Estrangeiros no dia em que cinco europeus, incluindo dois franceses, são feitos reféns por terroristas no Sahel. Transformando a crise num assunto pessoal, Marie ultrapassa rapidamente todas as linhas vermelhas e tenta dar a impressão de que tudo está sob controlo.
Toda a política é uma crise perpétua, explica o co-argumentista Charly Delwart. Quis contar a história do caos por detrás da imagem que todos temos na cabeça de reféns libertados a chegar à base militar de Villacoublay, em Paris. Mostra também até que ponto as decisões políticas afectam as nossas vidas.
A meio caminho entre “Parliament”, “Veep” e “The West Wing of the White House”, Delwart combina excentricidade e naturalismo: Muitas cenas são inspiradas em anedotas que me foram contadas por um conselheiro do Quai d’Orsay (sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros). O objetivo não era cair no cliché de que toda a política é podre, mas compreender a complexidade das suas funções. Os paradoxos que surgem numa situação de crise, como uma tomada de reféns, são um deleite para a ficção. Há um princípio dos políticos que diz o seguinte: quanto menos os cidadãos souberem, melhor podemos gerir. É o momento de maior comunicação e, no entanto, nada pode ser divulgado (…) Esta contradição revela-se através da linguagem, que está cheia de armadilhas. Por exemplo, adorei esta frase de Pasqua: “Temos de aterrorizar os terroristas”. Na política, a escolha das palavras é tão importante como na literatura.
A Filmin estreia a série, em exclusivo, no dia 4 de Junho.