Depois do sucesso em 2022, em Portugal, Rio de Janeiro e São Paulo, volta ao Teatro Renaissance, em São Paulo, a partir de 05 de agosto, o espetáculo Intimidade Indecente. A peça reúne Eliane Giardini e Marcos Caruso sob direção de Guilherme Leme Garcia, num dos maiores sucessos da dramaturga paulistana Leilah Assumpção.

A química desta dupla de atores é testada e aprovada pelo público: em 2012, eles deram vida ao impagável casal Leleco e Muricy, da novela Avenida Brasil. Há tempos temos vontade de dividir o palco. Após fazermos um casal na novela, essa vontade só aumentou. Impossível não aceitar o convite., vibra Marcos Caruso, com o desejo realizado. Intimidade Indecente, na contramão das comédias românticas mais tradicionais, começa no episódio da separação de um casal por volta dos 60 anos de idade. 

A peça fala sobre quatro momentos muito emblemáticos da vida desse casal. Nosso primeiro movimento é apresentar esse casal na faixa dos 60 anos terminando um grande casamento, uma grande relação. E aí eles se reencontram durante as próximas décadas. É um casamento que não termina, uma separação que não dá certo. É sobre esse casal que tem uma afinidade tão grande que continua junto pro resto da vida, independente do estado civil ou da condição geográfica, conta Eliane Giardini.

Mariano (Marcos Caruso) e Roberta (Eliane Giardini) formam um casal sessentão desgastado pela mesmice da rotina. O desejo esfriou, o sexo falta e a implicância mútua sobra. Ávidos por novas experiências, entendem que não há mais porque ficar juntos. Acontece que, como num efeito bumerangue, a vida insiste em devolver um ao outro. E é nessas idas e vindas que, aos poucos, os dois descobrem-se os maiores cúmplices. O sentimento, ainda vivo e sólido, faz com que se entendam mais do que com qualquer outra pessoa de fora. Assim, conforme os anos vão passando, resistem cada vez menos à presença do outro em sua vida novamente.

Na cena, apenas um grande sofá ocupa o palco. Não há trocas de roupa ou cenário. Dispensando artifícios, os dois atores constroem o envelhecimento de seus personagens se valendo basicamente do seu trabalho de interpretação.  

O envelhecimento dos 60 aos 90 anos sem utilizarmos maquiagem, troca de figurino e sem saírmos de cena, essa passagem do tempo à vista do público, com mudança física e vocal, é o que mais fascina o espectador, conta Marcos Caruso.

Foto Ricardo Brajtermam

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