A série, candidata a Melhor Comédia e Melhor Ator de Comédia nos prémios BAFTA deste ano, segue Kwabena (o cocriador jamaicano Adjani Salmon), que trabalha numa empresa de recrutamento precária enquanto sonha (figurativa e literalmente: adormece no escritório) em tornar-se realizador de cinema. Mas o seu emprego a tempo inteiro é apenas um dos muitos obstáculos ao seu sonho: um ambiente de trabalho predominantemente branco, atormentado por “microagressões” racistas, dificuldades em fazer face às despesas, casos amorosos… e muito mais.
Com grande ironia e sarcasmo, Sonhar em Negro, traz para a ribalta o “microracismo” latente na sociedade através de protagonistas que o sofrem diariamente, muitas vezes por pessoas que afirmam “amar a diversidade cultural”.
As nossas histórias são frequentemente contadas por pessoas que não pertencem à comunidade, explica Adjani Salmon. Ironizámos sobre isso, sobre o choque cultural entre jamaicanos e nigerianos, sobre a complicada indústria cinematográfica… Também sobre a amizade entre colegas e sobre a ansiedade de começar uma relação amorosa quando nem sequer se consegue pagar as contas….
A existência de Sonhar em Negro é uma história de sucesso por si só: nasceu como uma websérie, em 2018, narrando as próprias experiências de Adjani Salmon e Ali Hughes. A notoriedade foi tal que em 2021 desenvolveram um episódio piloto para a BBC e, após a sua emissão, ganhou o BAFTA de Talento Emergente. Foi então que a A24 decidiu embarcar na produção e catapultar a série. Desde a sua estreia na BBC Three (Reino Unido), em julho passado, a série tem continuado a receber críticas elogiosas, prémios e elogios, aparecendo mesmo em 2º lugar no ranking “Best of TV in 2023” do Deadline. Os produtores também confirmaram que haverá uma segunda temporada.
A primeira, disponível a partir de 9 de abril na Filmin, é composta por seis episódios de 25 minutos.