Idealizado por Gustavo Nunes e Rose Dalney, A Fabulosa Fábrica de Música é um projeto que apresentará uma série de espetáculos musicais que oferecem ao público uma experiência teatral sobre o poder da música, seus diferentes ritmos e sua importância para a formação da identidade cultural ao longo da história. 

O primeiro espetáculo da série se chama A Fabulosa Fábrica de Música – o musical, e é conduzido pelo personagem do compositor alemão Ludwig van Beethoven (1770-1827) que, através da magia do palco, surge em nosso mundo para conduzir essa aventura musical para todas as idades. A encenação pretende reunir pais, filhos e avós num programa em família que faz da música e sua universalidade um veículo para falar de diversidade, aceitação e amor. 

As personagens revelam seus sonhos e confrontam suas experiências em cena – inclusive o próprio Beethoven, cuja surdez na vida adulta não o impediu de se tornar um dos compositores mais importantes da história. E usando de seu próprio exemplo, ajuda as crianças a se encontrarem e se realizarem através das suas potências únicas.

O musical é composto por canções originais e outras de diferentes épocas, desde composições do ‘anfitrião’ Beethoven até músicas contemporâneas de Gilberto Gil, Melim e Gloria Groove, entre outras. 

Quem explica é o autor, Adalberto Neto (autor do premiado sucesso teatral “Oboró – Masculinidades Negras”): Como não tenho filhos, apesar de gostar muito de criança, fiz um trabalho para que os pequenos gostem, obviamente, mas também para os pais e os meus amigos solteiros, todos saiam de lá felizes. É um espetáculo para toda a família. Dentro de uma história lúdica, falo sobre os sonhos que não envelhecem, mostro que não existe criança incapaz. E que um lar em desarmonia reflete diretamente no desenvolvimento da criança. Então, além de lúdico, acaba sendo educativo para as crianças. É um espetáculo em que, acredito, os pais não vão ficar no celular se distraindo enquanto o filho assiste. Eles também vão gostar, e os adultos que não tem filhos, todos vão sair de lá contemplados.

Já pensou num mundo sem música? É o que acontece quando uma caixinha de música que esconde um poder mágico se quebra no Colégio Beethoven. A partir daí, qualquer música só pode ser executada e ouvida num único lugar encantado e secreto, habitado por Melodia, Ritmo e Harmonia, os três elementos da música. Com a quebra da caixinha, os três ganham vida humana e precisam se unir para que o objeto seja restaurado. Mas precisam da ajuda dos responsáveis pelo incidente, as crianças Flora, Mike e Luna. E do próprio Beethoven, habitante deste lugar mágico, que reúne todos em torno desta missão. O grande compositor, usando seu próprio exemplo, mostra a cada um a importância de reconhecer sua potência única e ir em busca dos seus sonhos. 

Os personagens e sua história

Beethoven (Du Herrera) – Um sábio bem humorado que usa seu conhecimento musical como base para as analogias que faz sobre a vida. Tranquilo e racional na maior parte das vezes mas, em momento de exaltação, pode ficar um pouco desastrado.

Flora (Manu Estevão) – Parece um pequeno adulto. Sensata, prática e de humor sarcástico. Sofre com as brigas e competição constantes dos pais separados.

Luna (Esther Samuel/ Bruna Negendank) – Pequenina, tem um jeito doce de falar. Depois da chegada do irmãozinho, anda meio triste por crer que já não tem mais a mesma importância para os pais.

Mike (Enzo Pacífico/ Pietro Cheuen) – Um pouco acelerado, fala atropelando as palavras. Faz amigos com facilidade e gosta de todos. Mas não aguenta seus primos implicantes, com quem vive desde que perdeu os pais. Gosta muito dos seus pais substitutos – o tio e seu marido. 

Harmonia (Carol Donato) – A mais desconfiada entre os três elementos da música. Vaidosa, adorou virar gente e quer aproveitar tudo da nova vida. Adora aromas.

Melodia (Vitória Rodrigues) – A mais “de bem com a vida” entre os três elementos da música, e topa tudo. Adora sabores.

Ritmo (Rodrigo Fernando) – O mais dinâmico entre os três elementos da música, perde a paciência quando não consegue resolver as coisas. Adora cores.

Cléa (Franciane Melo) – Diretora do Colégio Beethoven. Severa, mas amiga dos alunos. Perde a paciência com injustiças. Acalenta o sonho de ser cantora, mas acha que não conseguiria viver de música. Desde cedo, precisou trabalhar para ajudar em casa. 

Eliseu (Rômulo Weber) – O “faz-tudo” do Colégio Beethoven. Uma espécie de mestre de cerimônias do musical. Competente e simpático, um pouco desorganizado, mas é alguém com que se pode contar. 

Trabalhar com criança é diferente, requer cuidados diferentes dos de um elenco 100% adulto. Estamos lidando com crianças que estão chegando no mundo, isso traz uma responsabilidade maior para quem está na condução. Ao mesmo tempo em que você tem que colocá-los dentro do espetáculo, você tem que ensinar. Eu tenho que estar atento, porque o processo pode gerar uma ilusão muito grande. A primeira coisa que falei para as crianças, e para os seus pais, nas audições ainda, era que eu queria ‘crianças crianças’. Deixei claro que íamos trabalhar com música, dança, teatro, com a arte, a paixão, mas que aquelas crianças seriam crianças, conta o diretor Roberto Bomtempo.

A direção busca no elenco infantil o que mais os caracteriza como crianças, acreditando que sua alegria e ludicidade são seu aspecto mais precioso e único – algo que só elas têm para oferecer. Portanto, não há “miniadultos” em cena. A direção busca no elenco infantil o que mais os caracteriza como crianças, acreditando que sua alegria e ludicidade são seu aspecto mais precioso e único – algo que só elas têm para oferecer. Portanto, não há “miniadultos” em cena. 

Roger Henri, diretor musical, também exalta a presença das crianças: Fazer a Direção Musical de um espetáculo onde existe a participação de crianças cantando, representando e dançando é uma alegria, por vê-los tão focados e felizes em estarem fazendo o que gostam e com isso se preparando para suas carreiras no palco.

O cenário de Glauco Bernardi é formado por plataformas e passarelas de alturas diferentes, explorando os vários planos e a circulação do elenco por eles. Os variados ambientes serão criados através de grandes painéis ilustrados com instrumentos musicais que remetem ora à Escola Beethoven, ora ao universo mágico da Fabulosa Fábrica de Música. A cenografia foi concebida para dialogar com a iluminação de Rogerio Wiltgen, utilizando materiais que refletem a luz, além de texturas e relevos que conferem maior profundidade aos painéis.

A Fabulosa Fábrica de Música nasceu do desejo de seus idealizadores, Gustavo Nunes e Rose Dalney, de explorar o impacto da música na vida do ser humano. A proposta é criar um espetáculo que possa unir adultos e crianças, tanto no palco, quanto na plateia. Para guiar essa jornada, ninguém melhor que Beethoven, o compositor alemão. Gustavo Nunes e Rose Dalney, que produzem juntos pela primeira vez, já criaram musicais de amplo alcance junto ao público adulto, como “Cássia Eller – musical” e “Musical Mamonas”, e agora buscam levar um musical de alta qualidade e diversão para o público infantil.

A diversidade também foi um ponto visto com muita atenção neste projeto. Buscamos selecionar não só o elenco, como também toda a ficha técnica com esse olhar. Conseguimos agregar talentos incríveis e vamos levar um conteúdo muito rico e divertido para o público, afirma Rose.

Além do Rio de Janeiro, o espetáculo vai realizar apresentações em São Paulo (SP), Congonhas (MG) e Brasília (DF).

Sobre o Circuito Cultural Bradesco Seguros

Manter uma política de incentivo à cultura faz parte do compromisso do Grupo Bradesco Seguros, considerando a cultura como ativo para o desenvolvimento do capital do conhecimento e do convívio social. Nesse sentido, o Circuito Cultural Bradesco Seguros se orgulha de ter patrocinado e apoiado, nos últimos anos, em diversas regiões do Brasil, projetos nas áreas de música, dança, artes plásticas, teatro, literatura e exposições, além de outras manifestações artísticas. Dentre as atrações incentivadas destacam-se os musicais “Bibi – Uma vida em musical”, “Bem Sertanejo”, “Les Misérables”, “70 – Década do Divino Maravilhoso”, “Cinderella”, “O Fantasma da Ópera”, “A Cor Púrpura” e “Concerto para Dois”, além da “Série Dell’Arte Concertos Internacionais” e a exposição “Mickey 90 Anos”.

O projeto, apresentado por Ministério da Cultura e Bradesco Seguros, conta com patrocínio de LGA Mineradora, produção de Turbilhão de Ideias (“Cassia Eller, o musical”) e realização da Miniatura 9 (“Musical Mamonas”).

Fotografia Carlos Costa Studio

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